
Deixemos, por hora, a contextualização dos restantes corpos de representantes e foquemo-nos nos professores.
Os representantes dos professores são eleitos mediante a apresentação de listas; possuem a legitimidade da representação democrática num órgão em que preenchem, necessariamente, um número percentual inferior a 50%, conjuntamente com os representantes do pessoal não docente (podem, no máximo, chegar a 8 elementos, em 21).
A representatividade democrática docente não se reproduz nos Conselhos Pedagógicos (CP), que são compostos quase exclusivamente (e, nalgumas escolas, exclusivamente) por elementos nomeados pelo Diretor/a.
A voz dos professores mal penetra os CP. Os nomeados, como a sua essência indica são, na realidade, ‘instrumentos’; e se se tornarem incómodos, poderão ser exonerados pelo Diretor/a, como a lei prevê.
E os Conselhos Gerais? Será que os docentes que os integram, eleitos entre pares, têm consciência da sua função como último reduto da democracia interna? Levam às reuniões as legítimas aspirações, receios, propostas… dos colegas que representam? Ouvem-nos? Divulgam o teor dos assuntos tratados nas reuniões? Mantêm independência em relação à direção executiva?
É que, se assim não for – o que é comum em muitos estabelecimentos de ensino – não resta um laivo de organização democrática nas escolas, elas tornam-se espaços autoritários, tiranias, prisões psíquicas. E a acontecer tal, a responsabilidade é dos próprios professores.
Gostaria de perguntar aos colegas docentes:
Como vai o Conselho Geral da tua escola? Como trabalha?
Quantos teriam resposta?
3 comentários:
Mal! Muito mal
Respondendo ao final do teu grafado, se queres que te diga, não sei.
Na minha escola que também é a tua, a informação do que lá se passa por lá fica.
Formiga
tb sou da mesma escola mas aposentad. Mas o c g transitório sabiamos o que se passava, havia comunicação e a presidente nunca se submeteu ao executivo. A minha homenagem para essa senhora.
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