terça-feira, 8 de maio de 2012

O País das maravilhas

Não se avolumam grandes notícias de contestação aos mega-giga-agrupamentos que, segundo a imprensa, podem chegar a 9 mil alunos (como aconteceu em 2010).
É de notar, também, que não são os Conselhos Gerais que, obrigatoriamente auscultados, em função da lei em vigor, mais frequentemente rejeitam ou criticam as propostas das DREs, tomando posição pública e formal, mas as autarquias. O que, segundo me parece revela dois ou três aspetos significativos, a saber:
- que os mapas da contestação estão demasiado ligados à cor partidária da autarquia, o que transforma o problema, de política educativa para 'politiquice', enfraquecendo a sua razão;
- que os Conselhos Gerais estão muito longe de compreenderem a sua natureza como orgão colegial de direção estratégica, que une representantes de todos os setores da comunidade educativa;
- que os Conselhos Gerais não sabem, não querem ou não podem refletir sobre as políticas educativas e os seus efeitos e assumirem-se como uma voz que faça a diferença, na escola e fora dela;
- que os Conselhos Gerais também se esgotam, demasiado frequentemente, na 'politiquice' caseira que, variando de escola para escola, se caracteriza, ora por golpes de bloqueio aos diretores, ora numa bajulação caciqueira aos mesmos  (dependendo da conjuntura).
Em qualquer dos casos, a propósito dos AE, ninguém discute, com seriedade e/ou competência, políticas educativas, suas implicações e efeitos.


Sem comentários: